Os Bailes e as danças das Famílias na Barra Seca.

O Bairro Barra Seca tinha um elo familiar bem fechado.

Ali viviam, os Bentos, tinham na casa grande, o tio Joaquim Bento, solteiro, Tia Maria Benta, casada com Tio Gabriel Braz, este viúvo, próximos, José Mané como era chamado, seus irmãos Joaquim Mané, e Pedro Bento e o cunhado Pedro Alves Bicudo, sitio vizinhos bem próximos,

Na vertente do rio dos Monjolos acima, tinha Pedro Ribeiro Palma, (INSPETOR DE QUARTEIÃO), do bairro, com seus familiares, Padrinho Oliveira, Luiz Palma, Domingos e o Cido. Na chegada do Bairro, após o morro, as famílias, Nica, João Vieira e o tio Vicente.

Outra família fixada ali a tempo, Antônio Otaviano, com seus filhos, João, José, Antonin e o genro Geraldo da Nica.

Quase no centro estava o Benedito Ribeiro Palma.

Em todas as famílias sempre havia alguns que tinham famílias de meeiros, alguns que eram trabalhadores das famílias, por serem órfãos.

Mas entre estas famílias ouve entrelaçamentos, casamentos, por exemplo: os Bentos com filhos de Pedro Ribeiro Palma, Oliveira e Bilica, Pedro Bento e Lurdes, João Otaviano e Ana Castro, José Otaviano e Genoveva, Geraldo da Nica e Ana Otaviano, Zézito Palma e Cotinha, Tio Vicente Ribeiro Palma e tia Sebastiana, Cido Palma               , Alfredo do Zé Mingo e a Maria do Tio Vicente, Roberto do Zé Mingo e a Cida da Nica.

Mostro aí que as uniões familiares, Casamentos estava quase sempre em torno dos moradores do Bairro Barra Seca.

Antônio Otaviano vendeu suas terras para Ernesto Bagalha e trouxe para administrá-la, meeiro e administrador Dorvalino Arruda, com seus filhos e genro

Com esta família, modificou as relações entre os parentes do Bairro. Pois Inácio era muito querido e estimado pelos tios os Bentos e os primos, começando haver um distanciamento, pois era comum sempre as tardezinhas   Inácio passar pelas casas dos tios,  José Mané, Pedro Bento e Pedro Bicudo e nossa casa o Alicio, ele sempre montado numa égua tordilha com um bacheiro, com aquela roupa de quem tinha saído do cafezal para nossas casas, chegava e conversava animadamente,  depois ia para o tio Pedro que ficava em frente, sempre era uma visita gostosa a do Inácio.

Um elo que ligava muito as famílias eram os mutirões e os bailinhos, pois era sempre entre primos e amigos familiares.

Como disse no conto do mutirão, nunca coincidia de um com outro, sempre se ajustavam para que isto não acontecesse.

Mas com a chegada da família do Dorvalino, Inácio se uniu a eles a tal ponto que as relações com os primos, os Bentos entraram em conflito a tal ponto que propuseram mutirão e baile no mesmo dia, dividindo a força do mutirão e do baile.

A proposta do baile, contra a casa dos Bentos era tirar as damas desta casa, esvaziando. Pois sem dama, não iam dançar homem com homem, não foi possível, pois, uma das famílias que tinha duas damas não foram para a turma do Inácio e Dorvalino.

O baile em casa reuniu 10 ou doze damas, e o sanfoneiro foi o Toninho e o Joaquinzinho, deles foi o Zebra do Roque Mendes, dançaram  meus pais , Pedro Bicudo Tia Isaura, meus irmão, o Zézo, tocava samba ele dançava valsa, meu tio Zé Moraes, a turma do Zeca Nogueira, turma do Mario Martins, Maria, filha Lucia, as irmãs do Joaquinzinho, duas a turma do João Bráulio, sua  sobrinha a Bica e a Ana , foi uma festa e tanto.

Portanto não conseguiram esvaziar o Baile nosso, isto era meu ponto de vista.

Passaram  algumas semanas foi feito um baile na casa do Tio Pedro Bicudo, ele morava na casa que era do tio Pedro Bento, pois este tinha  mudado  para o sitio do tio Chico de Góes, era casado com Maria Ursulina, irmã do avô,( TIA MARIA URSULINA FALECEU COM 104 ANOS, 1897-2001), sitio do Pinheirinho, era o Baile da unificação , os Bentos e a turma do Inácio com Dorvalino, foi um baile e tanto, todo o bairro la estava, pois o tio Pedrinho com sua turma não era o ponto de desunião mas sim de pacificação.

Mas quando foi lá pelas 10.00 horas ou 11,00, o pomo da discórdia surgiu, havendo uma discussão entre o Inácio e meu Pai, por estes desencontro entre os familiares, foi quando se insurgiu o Dorvalino que não permitia discutir e nem brigar com o Inácio que era um rapaz muito bom, não tinha razão quem propunha isto, logo apareceu o Roque também topando tudo para defender o Inácio, mas ficou só em uma discussão ríspida, não terminou em briga, mas as famílias nunca mais voltaram a ser a mesma.

Comentava-se que esta aproximação do Inácio com a turma do Dorvalino, era por uma de suas filhas, sei que duas eram solteiras, mas sei que houve o casamento do Fernando com a Conceição, que neste tempo era uma menina, este era o fato que todos sabíamos, mas disso só restou a amizade entre o Roque e o Inácio.

O baile continuou, sanfoneiro Joaquinzinho, entregou a sanfona a seu irmão Toninho, tocou uma música aquela que era chamada de limpa banco, ninguém fica sentado, Joaquim pediu para dançar com sua musa, pediu- a em namoro, a resposta, não. O sanfoneiro levou uma taba da moça com a qual pretendia se casar, Joaquim ficou chateado e desesperado, para ele a festa acabou.

Conforme digo, conto o que vi e vivi, foi assim que ocorreu a entrada desta família no Bairro Barra Seca, que nunca mais foi a mesma, Família Dorvalino Arruda e a Barra Seca, que também passou ser um elo entre seus moradores, hoje estão todos juntos e se misturaram.

Neste caso, pergunte aos Bicudos, aos Arrudas, aos Vieiras, eu já dei a minha versão. Qual será as deles?

Jorge Rodrigues de Oliveira

Autor do blog & Escritor

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