Mutirões na Barra Seca

Era costume quando um dos moradores do bairro estava apertado na sua roça organizar um mutirão.

Para fazer, procurava saber se não tinha no bairro alguém programando um mutirão.

Isto era feito para reunir o maior número possíveis de parceiros no mutirão, que era feita aos sábados, dia que geralmente, não era útil para os moradores do bairro.

Meu pai fez um que era para roçar os pastos do Zé Mingo, para pagar uma dívida.

No dia marcado(sábado), compareceu umas 35 pessoas, inclusive um filho do Zé Mingo.

Começava o mutirão lá pelas  07,30 horas, com um café para os roceiros, servia café era feito o pão caseiro, isto feito pela esposa do dono do mutirão que recebia ajuda dos parentes e amigas das família.

Era costume servir no eito, uma pequena doze de pinga ou vinho, que era o sangue de boi que existe hoje e eu sou adepto deste vinho.

O bonito destas reuniões que era o trabalho e a cantoria dos roceiros. 

Eu e meus irmão tínhamos que levar agua para os roceiros, colocávamos um pouco de limão para que não se bebessem tanta agua.

Era difícil, pois o roçado era longe do local das minas dàgua, não havia agua, suficiente, quem estava trabalhando reclamava.

No meio destes roçado, quem aparecia, era o chefe de quarteirão que orientava os roceiros o que fazer, mas o que ocorreu neste roçado, lembro que o chefe de quarteirão era o Pedro Ribeiro Palma, que convocou Benedito Ribeiro Palma e meu avô José Rodrigues de Castro, para resolver uma situação dentro do Mutirão, ou até fora, como por exemplo o próximo mutirão, havendo conflito, decidiam, os postulantes acatavam.

Posto isto, vinha a hora do almoço, era trabalhoso para as mulheres, comandado sempre por uma muito experiente, como minha ó Benedita e uma Nôna, que não só trazia as crianças ao mundo(dona Rosa Fiory), sempre estava a ajudar as famílias dos Bento, até porque , uma de suas filhas era casada com o filho do Zeca Bento, o Antônio Bento e Antônio, ou Tonica como a conheciam.

O almoço era macarronada, feito com o macarrão furado e a massa tomada era o da Cica, a do Elefante, já tinha naquele tempo.

Amocava-se e voltava a trabalhar mais um pouco, até as duas horas da tarde. Lembro dos que foram neste multaram, Os meus tios, José, João, Mario Martins, Sebastião do Dito Palma, Zezita Vieira, Oliveira Palma, Domingos Palma, a o Dominguinhos, Gabriel Fogaça, o Inácio. Pedro Bento, Pedro Bicudo, Antônio Mantino, José Barbosa, o Tonico, Dilino Gabelotti, padrinho Guga, Sebastião Coltibello e outros que não lembro, mas eram uns 35 no total e os três conselheiros, Avô Zé Mané, como era conhecido, Pedro Ribeiro Palma e Dito Ribeiro Palma. As mulheres, minha

Mãe Maria, Vó Benedita, dona Rosa, tias Isaura, Maria do Mario, esposa do Zé Barbosa a Juraci. Mais algumas, pois era muito serviço para as mulheres.

Como disse, o trabalho ia até as duas horas da tarde, depois do café com pão ou chá[jrdo1]  que era o chá mate, e as pessoas iam para casa para se preparar para o baile a noite.

Mas este será tema de outro pagina que irei descrever.

Jorge Rodrigues de Oliveira

Autor do blog & Escritor

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