Mais uma história que rolava nas reuniões de rezas e terços na Barra Seca, como falo, mais uma que o Mario Vieira sabe, pois, sempre era contato entre os Bentos tinha o Mario Martins, genro do Zeca Bento que sabia alguns causos como este.
Na nossa Cidade (Fartura), no meu tempo de criança, o Pároco era o Padre Francisco de Lucia, com o qual eu fiz minha Primeira Comunhão aos sete anos, coordenada pela professora Zélia Rocha, filha do João Rocha.
Dona Zélia que assumiu a Escola do Bairro Barra Seca, no começo do ano em 1954, mas não terminou, veio como substituta a dona Mariinha filha do Zé Damásio, que me reprovou , mas depois me redimi, era sempre o primeiro ou segundo de toda a escola, isto até ir para o Coronel Marcos Ribeiro na quarta série.
Não era fácil todos os dias caminhar 13KM, para cursar a quarta série, isto aos 11 anos.
Mas voltando ao tema, festas da Paróquia, sempre era escolhido um Festeiro, para comandar. Era este que corria atrás dos doadores, dos cooperadores na festa, fazia reunião, escolhia quem ia comandar uma barraca, comandar os assados, os Leilões e os jogos de cartela. Tudo comandado pelo Festeiro, que sempre era uma pessoa influente e conhecido.
Um ano de crise, pegar um festeiro molenga, as coisas não iam bem na Paróquia. Quem vive em uma Comunidade Católica, sabe muito bem como é importante estas festas, pois os valores arrecadados que levam a sobrevivência da Paróquia o ano todo.
Como o Festeiro não se mexia, o Padre resolveu mandar o o Sacristão para ir em busca das ofertas nos sítios, nas Fazendas, arrecadar dinheiro, frangos, porcos, novilhos, tudo que fosse possível, para a festa da Paróquia. La foi o Sacristão com o velho Jipe Willes, trações nas quatro rodas, nenhum atoleiro segurava. Estava chegando a hora da missa das seis horas da tarde, os sinos tinham repicados as três vezes, convidando a Comunidade para a Missa e nada do Sacristão aparecer.
Deu as seis horas o Sacristão não apareceu, o padre começou a Missa, o padre fez a leitura do Evangelho o Padre começa o Sermão, qual foi o tema. O relaxo da Comunidade com a Igreja a falta de doações, a falta zelo com as coisas de Deus, descascou a borduna em cima dos fiéis, que neste caso eram infiéis. O Padre falava e olhava para ver se o Sacristão aparecia , nada do Sacristão.
A oração dos fieis foi feito, nada do Sacristão. Veio a oração das ofertas, nada do Sacristão. Lembro em Fartura para Leitura do João Garcia, tinha uma potência na vós, não tinha serviço de som, sua vós ressoava por toda a Igreja.
A hora que o padre rezou cantando DOMINUS VO BISCOO, la na Sacristia o Sacristão respondeu com aquela vós potente, ET COM SPIRITUO.
Já o padre que estava louco para saber se a visita as Comunidades foram boas, pergunta, no altar, de costa para a Comunidade, conforme era antes da reforma, Paulo VI, João XXIII,
IRMÃO O QUE TROUXESTE< cantado.
Responde o Sacristão cantado lá
da Sacristia, pois não teve tempo de se paramentar.
PAPATO BEBÈS, AMARRADOS PELOS PÈS!
Isto o padre ficou sabendo que era prendas vivas, patos e cabritos, amarrados pelos pés, só amarrava pelos pés, porque estavam vivos. E o Padre terminou a Missa mais feliz, sabendo que a empreitada do Sacristão tinha dado resultado.
E ai Mario Vieira já foi festeiro ai em Fartura, os Garcia, os Ribeiros, os Palmas, estavam sempre convocados para serem Festeiro, pois sempre rendia uma novilha para a festa.
Eu era criança, mas estava sempre de olho , o Elias pergunte a Ele, tem Boa cabeça, mas preguiça em escrever.